Conflitos são sempre um teste para verificar como anda o equilíbrio emocional. Diante de uma divergência no ambiente corporativo é comum que profissionais se deixem levar pela ansiedade ou tensão do momento. Mas, apesar disso, uma solução que atenda as duas partes depende da capacidade de um diálogo entre elas. 

Dentro das companhias, o setor de RH tem uma importante missão para tentar melhorar o ambiente de trabalho e amenizar os conflitos corporativos presentes na empresa. O RH pode promover ações para ajudar as pessoas a ampliarem sua percepção a respeito do tema conflitos e utilizá-los como oportunidade para melhorar o ambiente. E isso pode ser feito através de campanhas internas, treinamentos, palestras, grupos de discussão e etc.

Confira a seguir sete passos para ser um expert na solução de conflitos:

  • Reconheça e identifique: 

Antes de qualquer coisa, é preciso reconhecer que a situação em questão é um conflito ao invés de tentar mascará-lo. Tentar “tapar o sol com a peneira”, procrastinando o conflito ou ignorá-lo não irá diminuir o impacto, tentando evitar um “confronto” para não ter que lidar com o desconforto.

  • Identifique os porquês: 

Os motivos são o centro dessa questão e funcionam como se fossem a espinha dorsal que sustenta o conflito. Por isso, é importante identificá-los, para então chegar à raiz da causa. Vale a pena citar que normalmente os conflitos têm quatro fontes principais: por bens, de relacionamentos, por território ou por princípios e valores.

  • Convide todos para criar soluções: 

Proponha uma reunião de brainstorming para levantar possíveis hipóteses em conjunto. Com isso, fica mais fácil resolver a situação contemplando as necessidades de todos os envolvidos. Quando as pessoas se envolvem na construção da solução, a probabilidade dessa decisão ser realmente implementada aumenta significativamente. Afinal, ninguém em sã consciência destrói o que ajudou a construir.

  • Estabeleça critérios: 

Esses elementos funcionam como filtros para escolher a melhor solução e para conferir a legitimidade da proposta em questão. Alguns exemplos que podem ser utilizados: tabelas, avaliação de mercado, opinião de um especialista neutro, dados de institutos, legislação, indicadores sociais como tabelas de preços ou de outros aspectos aferidos por instituições.

  • Tenha seu BATNA: 

Quando mesmo com conversas parece impossível se chegar a uma conclusão, tenha sempre um plano B. Criada por Wiliam Ury, a BATNA é a sigla para Best Alternative To a Negotiated Agreement, (em inglês, Melhor Alternativa a um Acordo) e consiste na ideia de ter sempre “cartas na manga” para diminuir o impacto da negociação. A quantidade e a qualidade dos seus argumentos irão calibrar o grau de ousadia ou de prudência ao longo do processo.

  • Comunicação é tudo: 

Não apenas nesse caso, mas em todos os momentos da vida,  saber se comunicar é a chave do sucesso. Por isso, criar empatia é a melhor maneira de abrir espaço para um diálogo saudável e produtivo. Pensar, sentir e compreender como o outro se sente são uns dos primeiros passos para achar as palavras certas ao lidar com os piores problemas. Afinal, é comum que a outra parte se sinta acolhido, simplesmente pelo fato de se sentir compreendido. A escuta ativa também se faz necessária. Fixe o olhar, não interrompa o raciocínio do outro e controle prejulgamentos. Acredite: é possível ouvir, mesmo sem concordar.

  • Documentar é preciso: 

Depois de chegar a um resultado, formalize o que foi decidido para fazer possíveis alinhamentos que ainda sejam necessários. Escreva da maneira mais clara e específica possível tudo o que foi dito entre os participantes do diálogo. Com isso, a probabilidade do não cumprimento ou do ruído no entendimento é praticamente zero.

Via Revista Melhor