Com o início de um novo ano, inúmeras novidades começam a pautar a área de gestão de pessoas. Entretanto, os gestores precisam se atentar para não confundirem especulações com tendências e correrem o risco de não estarem preparados para os desafios de 2022.

“Para lidar com os obstáculos que virão, acredito que será necessário, mais do que investir em aparato tecnológico, focar energia na humanização do trabalho”, comenta Andréia Girardini, diretora de Pessoas e Cultura no GetNinjas, aplicativo para a contratação de serviços. Confira abaixo as quatro tendências que a executiva acredita que os times de gestão de pessoas devem ficar de olho.

Equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Segundo uma pesquisa da consultoria de recursos humanos Randstad, 81% dos brasileiros querem mais equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Sendo assim, é importante que as empresas ofereçam mais ferramentas para o colaborador ter uma jornada mais flexível, na qual o indivíduo consiga entregar os resultados esperados e ter tempo para atividades pessoais.

Acordos de comunicação síncrona e assíncrona fazem a diferença no dia a dia de quem trabalha no modelo remoto ou híbrido.

Tecnologia como ferramenta

Em um cenário em que inovações tecnológicas voltadas para a gestão de pessoas surgem a cada dia, Andreia reforça a importância do valor das conexões humanas. A executiva reconhece a importância da tecnologia na otimização de tempo e de processos, mas alerta para que os gestores não caiam no equívoco de tratarem os colaboradores com “bonsais”, ou seja, com orientações pré-estabelecidas baseadas unicamente em dados.

“Temos comportamentos previsíveis, mas existem outros fatores não-racionais que nos movem”, reflete a diretora. Assim, o People Analytics deve ajudar as equipes, mas não deve se tornar o único aspecto decisivo para qualquer decisão da empresa, deve apenas seguir como guia.

Novas noções de hierarquia

O pensamento do “manda quem pode e obedece quem tem juízo” enfraquecerá ainda mais em 2022. Entretanto, engana-se quem pensa que a ideia de hierarquia será substituída por anarquia, já que figuras de liderança fazem parte das relações sociais humanas. A diferença é que, agora, os líderes estão bem mais próximos dos seus colegas de time a fim de construírem uma relação de troca, escuta e construção de confiança. Um exemplo do novo modelo de hierarquia é o próprio lema do GetNinjas: ideias valem mais do que cargos.

Cultura organizacional à distância

Segundo uma pesquisa do Vagas.com, 41% dos entrevistados preferem o trabalho híbrido. É fato, o trabalho híbrido veio para ficar. O desafio de 2022 é o de apresentar e fomentar o engajamento da cultura organizacional à distância. Apesar de esse ser um ponto complexo, Andreia reforça a importância da vivência dos valores da empresa.

“Eu acredito muito na aprendizagem vicariante, ou seja, o aprendizado por meio da observação, ao ver os outros sendo. Assim, a cultura deve ser vivenciada no dia a dia, até mesmo em coisas que pareçam banais, mas que relembrem o colaborador do motivo de estar naquela empresa na qual há um match de princípios”, finaliza a executiva.

 

[Fonte: https://rhpravoce.com.br]