Na série espanhola, “La Casa de Papel”
Sucesso de audiência na Netflix, a segunda parte da temporada da série La Casa de Papel acaba de estrear no serviço de streaming para alegria dos seus fãs brasileiros.
A trama viciante além de ser um prato cheio para uma “maratona Netflix” traz lições de liderança, negociação e trabalho em equipe, que podem ser aplicadas no dia a dia de trabalho, dizem especialistas consultados pelo Site Exame.
Cada um com a sua responsabilidade, mas com foco no todo
O Professor, personagem estratégico, empático e seguro, qualidades que são muito importantes a um líder no mundo corporativo, selecionou a dedo os oito integrantes que fariam parte da execução do seu plano. Cada um tinha uma expertise diferente que, quando trabalhadas em conjunto, garantiriam o sucesso do plano. No entanto, apesar dos conhecimentos técnicos de cada um serem diferentes, uma habilidade comportamental deveria ser comum entre todos os membros do time: a capacidade de trabalhar em equipe.
Na primeira temporada, apesar de alguns deslizes e desentendimentos comuns em momentos de estresse, o grupo conseguiu focar no todo, se apropriar da operação e garantir, pelo menos até o final do 13º episódio, que o plano corresse conforme o combinado – inclusive em meio a situações adversas, já previstas e treinadas anteriormente.
Numa empresa é a mesma coisa. Os talentos são contratados de acordo com a sua função e conhecimento, levando em consideração a atividade principal que cada um exercerá. Trabalhar em equipe implica em conviver com pessoas de opiniões diferentes, objetivos distintos e com outras maneiras de enxergar o mundo. Saber lidar com essas diferenças e utilizá-las de maneira positiva é fundamental para o sucesso de um negócio.
Vale ressaltar, claro, que o gestor da equipe deve fazer o papel do Professor, contendo os ânimos quando necessário e colocando a equipe de volta aos trilhos.
Atitude de dono
A atitude de dono é a mentalidade diferenciada de quem acredita no negócio, veste a camisa e deseja ver a empresa prosperar como um todo. Na série, motivado pelo dinheiro que ganharia ao final da operação, o time vestiu a camisa – literalmente, de macacões vermelhos e máscaras – em prol de um objetivo comum, influenciando uns aos outros a seguirem em frente.
No mundo corporativo, pessoas com essa característica são interessadas e curiosas pela empresa e demonstram proatividade e autonomia para tomar decisões e entregar resultados. Segundo minha experiência de mais de 10 anos no mercado de recrutamento, quando uma pessoa já tem essa característica, ela espalha essa cultura pela empresa, motiva os demais e engaja.
Falando nisso, motivação e engajamento devem ser preocupações constantes das empresas, afinal, o capital humano é, sem dúvida, o principal pilar de uma instituição.
O que esperar dessa próxima temporada da série? E que outras lições para o mundo corporativo podemos tirar dela?
Via Exame