Você é um profissional “pipoca”?
Ah, quem não gosta de uma deliciosa pipoca, seja para aproveitar um bom filme, seja para esperar o ônibus ou mesmo para compartilhar momentos com os amigos? Recomendo.
Mas, já parou para pensar como o milho de pipoca se transforma em pipoca?
Pois bem, o grão de milho concentra em seu interior algo em torno de 15% de água. Quando submetido à alta temperatura, a água evapora, aumentando a pressão interna que, por sua vez, rompe com a casca dura do milho e transforma-se em uma “espuma” branca. Essa espuma, em contato com o ar externo, se solidifica, produzindo assim a pipoca tal como conhecemos, e nos deliciamos.
Parece algo simples, mas se o milho não for de boa qualidade ou a temperatura da panela não for adequada, o pequeno grão não virará pipoca. É uma transformação de dentro para fora, que depende de características natas, próprias de cada grão, mas também de fatores externos.
Ao mesmo passo, observamos nos últimos anos, mais precisamente os últimos cinco anos, uma busca intensa de pessoas por assessoria em desenvolvimento pessoal e profissional, tal como os serviços de Coaching, que se proliferaram Brasil afora.
Desenvolvimento tem a ver com a inquietação, o desconforto com uma situação atual, que por ora tornou-se rotineira, e a busca por algo melhor, diferente, que crie, amplie e/ou potencialize características que possibilitem encarar novos desafios e alcançar objetivos desejados. É nesse sentido que vemos nascer o profissional pipoca.
O profissional pipoca é aquele que, assim como o grão de milho, sofre uma transformação de dentro para fora e necessita de uma motivação interna, aquele algo que o instiga, que o provoca, que o desperta desejo de ser, fazer diferente, ir além, que seja o combustível para conduzi-lo até a realização de seus objetivos. É essa motivação, essa pressão interna que o fará romper velhos hábitos, quebrar paradigmas e transformar-se em um profissional melhor.
Ser um profissional pipoca está relacionado ao desenvolvimento de competências, seja criando ou aprimorando-as. Isso implica na absorção de novos conhecimentos, que lhe permitirão gerar novas habilidades e atitudes.
Assim como o processo de transformação do grão de milho em pipoca, o profissional pipoca depende também de fatores externos, esses que nem sempre serão favoráveis. É a soma adequada desses fatores (internos e externos) que fará a diferença no processo de desenvolvimento e produzirá os resultados esperados.
No entanto, diferentemente do milho, o profissional pipoca não é aquele que sofre uma única transformação e volta ao comodismo. Aí é que está a necessidade nos dias atuais e tendência inquestionável para o século XXI. O mundo moderno e as organizações precisam e exigem esse tipo de profissional. Um profissional que está em busca constante pelo desenvolvimento, num processo contínuo de transformações. Vale lembrar aqui que o mundo continua e continuará a evoluir, se modernizar e isso implica na geração de profissionais cada vez mais dinâmicos e preparados também para a evolução, a fim de promoverem a diferença nas organizações, possibilitando a elas obterem e manterem vantagens competitivas que as sustentem no mercado. Afinal, são os “bois que puxam a carroça”, e não o contrário.
O profissional pipoca é aquele que busca conhecer a si, o seu perfil, as suas características (pontos fortes e fracos, forças e fraquezas), os seus anseios, objetivos, e traça o seu plano de desenvolvimento. É aquele que incorpora o processo de transformação contínua, buscando ser sempre um grão de milho de qualidade. Nesse sentido, nem todos os grãos de milho conseguem se transformar em pipoca, mas os que conseguem se destacam. Com os profissionais não é diferente.
E então, vamos de pipoca?
Via Diego Lima – Bacharel em Administração, Pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e Analista de Perfil Comportamental.